São Paulo, domingo, 13 de outubro de 1996
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Mercado tem opções para vários gostos

INÁCIO ARAÚJO
DA REDAÇÃO

Já era previsível que o fim de ano cinematográfico acontecesse sob o signo da 20ª Mostra Internacional de Cinema, que começa no próximo dia 17.
Era menos esperado que vários filmes saíssem diretamente da mostra para o circuito comercial. Estão nessa categoria "Basquiat", do pintor Julian Schnabel, "Ricardo 3º - Um Ensaio", de Al Pacino (ambos programados para novembro), e "Anjos Caídos", de Wong Kar-wai (para dezembro).
A esses, pode-se acrescentar uma lista de filmes que não estão no festival paulistano, mas poderiam estar: os muito esperados "Dead Man", de Jim Jarmusch, e "Kansas City", de Robert Altman, e os nem tanto "O Livro de Cabeceira", de Peter Greenaway (os três em novembro), e "Liberdade", de Vicente Aranda (dezembro).
Para dissipar a impressão de que o mercado se inclina francamente para o alternativo -na verdade ele se mostra plural-, a Hollywood tradicional contra-ataca com uma série de estrelas de primeira linha.
Ainda em outubro devem ser lançados "Eu, Minha Mulher e Minhas Cópias", com Michael Keaton, "Risco Máximo", com Jean-Claude van Damme, e "Coragem sob Fogo", com Denzel Washington e Meg Ryan.
Novembro traz Robert De Niro em "Estranha Obsessão", Kevin Costner em "O Jogo da Paixão", Bruce Willis em "O Último Matador" e Steven Seagal em "Glimmerman - O Homem das Sombras". Dezembro fica para os reis dos músculos, Arnold Scharzenegger, com "O Presente ou a Vida", Sylvester Stallone, com "Daylight".
Dois reis do basquete também marcam presença em dezembro -Shaquille O'Neal com "Kazzam" e Michael Jordan com "Space Jam - O Jogo do Século". Mas não há dúvida de que a categoria esportes estará mais bem representada por "Basquete Blues", um dos melhores documentários da década, que acompanha os passos de dois jovens talentos a caminho da NBA (a milionária liga de basquete dos EUA).
Os brasileiros contam com novembro para confirmar seu retorno ao mercado. Dois filmes já programados tentam se endereçar a um público amplo -"Quem Matou Pixote?", de José Joffily, e a refilmagem de "O Cangaceiro", por Anibal Massaini. Um terceiro filme brasileiro, "Como Nascem os Anjos", de Murilo Salles, procurará se firmar sobretudo como produto de prestígio.
Nem os fãs dos clássicos ficam na mão. Em novembro, "A Regra do Jogo" (1939) chega em cópia nova. Este filme do francês Jean Renoir foi indicado como nada menos que o segundo melhor de todos os tempos, no levantamento feito pela Folha com cem críticos internacionais, em 95.
(IA)

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