São Paulo, segunda-feira, 14 de outubro de 1996 |
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João Alves vive recluso na Bahia
LUIZ FRANCISCO
Em outubro de 93, José Carlos denunciou um esquema de corrupção comandado por Alves. O parlamentar renunciou em março de 1994 para não ser cassado. A renúncia mudou sua rotina. Divorciado, com sete filhos casados, Alves sai pouco de casa, evita a imprensa e não recebe mais políticos: "Mesmo que seja absolvido, meu irmão não pensa mais em se candidatar", afirma seu irmão Cícero Alves de Almeida. "Ele ficou amargurado com o processo. Meu irmão ficou tão desencantado que desde que renunciou não aparece em minha casa." Pelo menos uma vez por mês, Alves viaja a Brasília, para falar com os advogados que o defendem. Seus bens (cinco apartamentos, três terrenos e uma casa) continuam sequestrados pela Justiça. Ele vive com cerca de R$ 5.500 (líquidos) que recebe mensalmente de aposentadoria da Câmara. Em Salvador, o ex-deputado mora sozinho. Uma empregada faz a limpeza três vezes por semana ao apartamento no Morro do Ipiranga, bairro nobre de Salvador. Pelo menos duas vezes por semana, por recomendação médica, faz caminhadas pela orla. Nos últimos dois anos, submeteu-se a duas cirurgias: foi operado da vesícula e corrigiu um problema de visão. Texto Anterior: José Carlos teme ser morto Próximo Texto: MALHARIA Índice |
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