São Paulo, segunda-feira, 14 de outubro de 1996 |
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PT do Rio nega apoio ao candidato do PSDB e decide defender o voto nulo RONI LIMA RONI LIMA; CAROLINA MATOS
Os 200 delegados do PT do Rio, reunidos ontem em convenção, decidiram que o partido vai pregar o voto nulo no segundo turno. Em documento aprovado por unanimidade, ficou estabelecido que o PT indicará o voto no número 13. O candidato do PT à Prefeitura do Rio, Chico Alencar, concorreu no primeiro turno com o número 13, ficando em terceiro lugar, com 18,85% dos votos. "Nós somos oposição desde já às duas candidaturas de direita", disse Alencar. Ele se referia às candidaturas de Luiz Paulo Conde (PFL) e Sérgio Cabral Filho (PSDB), respectivamente primeiro e segundo colocados na votação de 3 de outubro. Documento aprovado pelos delegados apontou os dois como sendo "farinhas do mesmo saco". Para Alencar, a pregação do voto nulo no Rio não vai atrapalhar um eventual apoio do PSDB em São Paulo à candidatura da petista Luiza Erundina ou mesmo possíveis coligações em torno do PT na eleição de 98 para governador do Rio. A convenção do PT, em sala do Sindicato dos Bancários, no centro do Rio, durou três horas. Desde o início, havia um clima de apoio ao voto nulo e de críticas à posição inicial da direção nacional do PT. O vice-presidente nacional do partido, Luiz Dulci, foi vaiado ao ser chamado a compor a mesa da convenção. No início da campanha, a direção nacional do PT defendia a idéia de uma coligação com o candidato do PDT, o deputado federal Miro Teixeira. Ao discursar, Dulci reconheceu que a direção errou na avaliação da força da candidatura Alencar. Ele afirmou que agora o PT nacional está solidário com a proposta aprovada no Rio pelo voto nulo. Provável candidata do PT ao governo do Estado em 1998, a senadora Benedita da Silva (RJ) foi a grande ausente da convenção. Outros partidos Em convenção no Rio, ontem, delegados do PC do B também decidiram por unanimidade pregar o voto nulo. A deputada federal Jandira Feghali disse que a idéia é reunir nas ruas as forças políticas favoráveis ao voto nulo. O PPS adiou para a próxima segunda-feira a decisão sobre o apoio a uma candidatura ou a liberação do voto dos eleitores. Colaborou Carolina Matos, free-lance para a Folha Texto Anterior: Governador do Amazonas apóia divisão Próximo Texto: Partido reafirma apoio a tucanos Índice |
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