São Paulo, segunda-feira, 14 de outubro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Colônia é viagem de volta à Idade Média

ANA MARIA GUARIGLIA
ENVIADA ESPECIAL A COLÔNIA

Poucas cidades da Alemanha conseguem impressionar tanto por suas características físicas como Colônia, no oeste do país.
Fundada pelos romanos em 38 a.C. e localizada às margens do rio Reno, a cerca de 600 km de Berlim, Colônia é um dos centros comerciais ao norte dos Alpes.
Para proteger a cidade na Idade Média, foram construídos fortes que hoje dão nome às ruas ao redor de Colônia, como Hansaring e Hohenstaufenring.
Apenas três dessas entradas fortificadas ainda podem ser visitadas: Eigelstein, na Bertplatz; Hahnentor, na Rudolfplatz; Severinstor, na Chlodwigplatz. Construído no século 13, o forte Eigelstein mantém a estátua Kõlschen Boor, figura representativa da cidade.
Dom Kõln
Ao lado dessas construções centenárias, ergue-se a Dom Kõln, catedral-símbolo de Colônia, exemplo do mais puro estilo gótico, que levou 632 anos para ser construída (1248-1880).
Com mais de 157 m de altura, 144 m de comprimento e 86 m de largura, domina a visão de qualquer ponto da cidade. Entre suas várias relíquias estão as estátuas dos Reis Magos e os vitrais de várias épocas, como os que contam a história da Bíblia (1265).
Durante a Segunda Guerra Mundial, os moradores cobriram a parte interna da catedral com lençóis e cobertores e acenderam fogueiras para mantê-la aquecida. O objetivo era evitar que os bombardeios provocassem sua implosão.
O visitante paga 5 marcos para subir seus 509 degraus e chegar a uma altura de 95 m. De lá, é possível apreciar o magnífico panorama da cidade. O edifício pode ser visitado de segunda a sexta, das 10h às 17h, sábados, das 10h às 13h, e aos domingos, das 13h às 16h30.
Outra construção fenomenal de Colônia é o Kõln Messe, o enorme pavilhão onde são realizadas as grandes feiras internacionais.
Localizado do lado oposto à catedral -atravessando o rio Reno pela ponte Hohenzollern-, o espaço tem 230 mil m2 e é cinco vezes maior que o Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo.
Durante todo o ano, centenas de países se reúnem para mostrar o desenvolvimento de produtos como roupas, peças de carro, decoração, turismo e imagem.
Durante a Segunda Guerra Mundial, os edifícios, da década de 20, abrigaram judeus e presos políticos que se destinavam ao campo de concentração de Buchenwald. Durante as feiras, Colônia recebe mais de 10 mil visitantes.

LEIA MAIS sobre Colônia à pág. 6-20

Texto Anterior: Roteiro ajuda a decifrar enigma oriental
Próximo Texto: Rua Hohe centraliza comércio
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.