São Paulo, segunda-feira, 14 de outubro de 1996
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Kiwis adoram 'bungee jump'

DO ENVIADO ESPECIAL

Ir à Nova Zelândia e não pular de "bungee jump" é como ir a Roma e não ver o papa. Convenhamos, os problemas de saúde têm feito o papa aparecer pouco, e o mais provável é que você acabe não pulando.
Esse esporte é uma febre no país há anos, e há dezenas de opções para quem quiser arriscar essa forma de suicídio simulado.
Os neozelandeses se orgulham de ter criado o "bungee jump" em termos comerciais. No passado, era um ritual centenário de passagem, para provar coragem, entre a tribo Vanuatu, da ilha de Pentecost.
Alguns malucos britânicos, que formavam o alucinado Clube de Esportes Perigosos da Universidade de Oxford, foram os primeiros a se apropriar da idéia, dando alguns saltos no final dos anos 1970.
Em 1986, o neozelandês A. J. Hackett viu um vídeo com a loucura e pensou em fazê-la em escala comercial, usando uma corda de látex.
Alguns saltos depois, em junho de 1987, Hackett pulou da Torre Eiffel, em Paris. Acabou preso, mas criou um negócio rentável.
Em 1988, começaram as operações comerciais. Hoje, a empresa de Hackett atua na ponte de Kawarau, em Queenstown, que tem 42 metros de altura.
A Nova Zelândia possui um código de segurança para o "bungee jump". Ele foi discutido por um comitê de operadores e técnicos do governo e prevê padrões de resistência e fadiga do material que compõe as cordas e revisões de todo o aparato.
A última novidade é o licenciamento de saltos a partir de helicópteros, a 300 metros de altitude.
Um salto no "bungee jump" de Kawarau (tel. 0064-3-4427100) custa NZ$ 100, mas qualquer um que pular pode contar com uma despesa extra de NZ$ 30 -valor do vídeo que mostra seu salto em três ângulos diferentes e que se torna indispensável para provar que você pulou de fato.

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