São Paulo, terça-feira, 15 de outubro de 1996
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Brasil e Colômbia negociam acordo de combate ao tráfico

PAULO SILVA PINTO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os governos do Brasil e da Colômbia estão negociando um acordo para combater o tráfico de acetona e de ácido sulfúrico -utilizados na transformação de pasta de coca em cocaína.
Estima-se que a maior parte dessa matéria-prima para o refino da cocaína chegue à Colômbia pelos rios amazônicos. Brasil e Colômbia deverão definir hoje uma linha direta de comunicação entre as polícias, segundo Roberto Ardenghy, assessor internacional do Ministério da Justiça brasileiro.
Pelos planos, a PF (Polícia Federal), vinculada ao Ministério da Justiça, instalará delegacias fluviais -em barcos- perto da fronteira com a Colômbia.
Ao se deparar com embarcação carregada de ácido sulfúrico ou acetona, policias vão checar as notas fiscais. Se elas estiverem em ordem, entrarão em contato por rádio com a polícia colombiana.
Assim, será possível checar se a empresa que irá receber a carga na Colômbia é suspeita.
Se isso for confirmado, os policiais federais poderão até mesmo reter a carga enquanto um juiz colombiano determina sua apreensão. Os policiais brasileiros utilizariam o mandado de apreensão da Justiça colombiana.
O acordo em negociação deverá incluir também a cooperação para o combate ao narcotráfico, à lavagem de dinheiro, tráfico de armas, troca de presos e extradição.
A reunião com a comissão colombiana foi acertada entre o ministro Nelson Jobim (Justiça) e a chanceler colombiana (ministra das Relações Exteriores), Maria Emma Mejia. Até o final do ano, eles poderão assinar o acordo.

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