São Paulo, terça-feira, 15 de outubro de 1996
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Covas dá gratificação de R$ 56 a professor

FERNANDO ROSSETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

O governador Mário Covas anunciou ontem uma gratificação de R$ 56 para os professores da rede estadual de São Paulo e de R$ 70 para os diretores e supervisores. Hoje é Dia do Professor. A gratificação deverá ser incorporada já no salário deste mês -só depende da aprovação da Assembléia Legislativa. Vale para quem trabalha 40 horas por semana. Quem tem contrato de 20 horas recebe a metade dessa gratificação.
O piso salarial dos professores formados no magistério (2º grau) no início de carreira foi para R$ 573,10 (10,85% de aumento). Desde o início deste governo (janeiro de 95), o piso salarial subiu 103%, contra uma inflação de 38%.
Mesmo assim, o governo estadual ainda está na metade de sua promessa de campanha: elevar o piso salarial a cinco salários mínimos mensais por 20 horas semanais. Este valor está sendo pago por 40 horas semanais.
O piso de um diretor de escola -com formação universitária em pedagogia- foi para R$ 786,52 (9,8% de aumento), também em contrato de 40 horas semanais.
A secretária da Educação, Rose Neubauer, repetiu a frase usada na concessão de gratificação feita em março passado: "A política salarial para o setor demonstra com clareza a prioridade que o governo confere à educação".
Entidades de professores e diretores, no entanto, criticam a forma do aumento. "É mais uma gratificação que independe da posição na carreira do magistério", afirmou o presidente da Apeoesp (sindicato dos professores da rede), Roberto Felício.
Para ele, isso complica ainda mais a discussão -que já dura um ano- de reestruturação da carreira docente na rede estadual. "Além disso, é pouco para poder comemorar o Dia do Professor."

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