São Paulo, terça-feira, 15 de outubro de 1996
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BC corrige minibanda cambial em 0,10%

JOSÉ CARLOS VIDEIRA
DA REDAÇÃO

O Banco Central (BC) marcou presença ontem no mercado de câmbio.
Na parte da manhã, o BC realizou leilão de "spread", corrigindo a minibanda de variação cambial em 0,10%.
O piso da faixa de flutuação da cotação do dólar comercial passou a R$ 1,0245, e o teto, a R$ 1,0295.
Até ontem, a autoridade monetária já desvalorizou o real em 0,45%.
Mesmo com a atuação do BC, os negócios continuaram saindo abaixo do piso da nova minibanda, devido ao excesso de divisas.
Pelos cálculos de operadores, o fluxo esteve positivo entre US$ 30 milhões e US$ 35 milhões ontem.
Com mais vendedores do que compradores, o BC voltou a atuar no mercado para realizar novo leilão. Dessa vez de compra, a R$ 1,0245 (piso da nova minibanda).
Mesmo assim, o volume de operações permaneceu fraco no restante do dia.
Operadores observaram que, mesmo com a cotação do dólar flutuante superando o teto da minibanda há várias semanas, o BC não tem atuado nesse mercado. O dólar flutuante fechou ontem a R$ 1,0302 na ponta vendedora.
Bolsas
Os negócios com ações continuaram por conta das expectativas do vencimento de índice futuro (amanhã) e de opções (dia 21).
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) operou fraca o dia inteiro.
Na última meia hora do pregão, Telebrás PN (alta de 0,3%) ganhou força, dando sustentação ao mercado, ao lado de Eletrobrás ON (alta de 2,3%).
O índice Bovespa subiu 0,34%, com 66.313 pontos. O volume financeiro ficou em apenas R$ 241,07 milhões.
Muitos investidores estão preferindo aguardar o vencimento das opções para poderem voltar ao mercado de ações, evitando a volatilidade do mercado que antecede esses eventos.
O índice Dow Jones, da Bolsa de Valores de Nova York, superou ontem os 6.000 pontos, pela primeira vez na sua história.
O Dow Jones permaneceu positivo o dia inteiro, fechando com alta de 0,68%.
O mercado brasileiro acompanhou muito mais a queda de 1,43% da Bolsa mexicana.

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