São Paulo, terça-feira, 15 de outubro de 1996
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Presidente do Flamengo chega hoje com Romário

MÁRIO MAGALHÃES; CRISTINA RIGITANO
DA SUCURSAL DO RIO E DO FREE-LANCE PARA A FOLHA

O atacante Romário desembarca hoje de manhã no Rio com a esperança de ser recontratado pelo Flamengo e com o objetivo de resolver problemas com a Justiça.
Romário embarcou ontem na Espanha em companhia do presidente do Flamengo, Kleber Leite, e do empresário Reinaldo Pitta.
Eles chegam às 6h30 ao Rio. O Flamengo quer anunciar ainda hoje a contratação por empréstimo do atacante, que é do Valencia.
Kleber Leite ofereceu US$ 600 mil em dinheiro, mais o empréstimo de um desses jogadores: Márcio Costa, Ronaldão e Aloísio.
O Valencia quer a troca, por empréstimo, com Bebeto, mas o clube carioca não aceita.
No Valencia, Romário rompeu com o técnico Luís Aragonés.
"Acho que o Romário não volta mais para a Espanha", disse sua nova mulher, Danielle Favatto.
Sigilo bancário
A juíza Odete Knack de Souza, da 5ª Vara de Família, determinou há dois meses a quebra do sigilo bancário do jogador. A Receita Federal e a Polícia Federal investigam se ele sonegou impostos.
O advogado de Romário, Michel Assef, disse que "há denúncias infundadas. Devem ter partido da ex-mulher dele (Mônica Santoro)", afirmou.
Mônica Santoro, 25, disse não ter denunciado que Romário não apresentou declaração de renda de 88 até o início de 95, período em que viveu no exterior.
Há duas semanas, o Banco Central enviou ofício ao Unibanco, onde Romário tem duas contas.
O BC quer que o banco envie à Justiça, em 15 dias, a movimentação bancária do jogador.
As suspeitas de sonegação surgiram a partir da batalha judicial entre Mônica e Romário, pela divisão do patrimônio do casal, separado desde fevereiro de 95.
O advogado de Mônica, Ary Jorge Almeida Soares, investiga se há outros bens em nome de Romário e da família dele.
Mônica diz que a maior parte do patrimônio do jogador estava em nome da empresa RSF Promoções -dos pais de Romário. Por isso, ela ganhou na Justiça o direito de incluir os bens da RSF na partilha.
Mas, segundo Mônica, este ano a RSF passou os bens por preços abaixo do valor de mercado à Osmantia International Limited.
A firma foi aberta, segundo o advogado de Mônica, no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas.
Segundo Assef, "ele não vendeu bem nenhum. Os bens estavam no nome da RSF, que explora a imagem dele. A RSF passou para a outra empresa".
(MÁRIO MAGALHÃES)
(CRISTINA RIGITANO)

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