São Paulo, terça-feira, 15 de outubro de 1996
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Produção aborda profissão inusitada

ADRIANE GRAU
FREE-LANCE PARA A FOLHA, EM SAN FRANCISCO

O filme "Curdled" revela a existência de uma profissão merecidamente bem remunerada: as faxineiras que limpam casas de mortos e ganham em média US$ 250 por hora nos EUA.
A protagonista Gabriela (Angela Jones) desenvolve fascínio por assassinatos após testemunhar um quando ainda menina.
Para tentar chegar aos locais de crime que tanto a atraem, ela arranja um emprego de faxineira cuja tarefa é limpar sangue de carpetes, sofás, batentes e por onde mais tenha passado a fúria mortal de facas e revólveres.
"Não é fácil", avisa o patrão Lodger (Barry Corbin) ao empregá-la. "O sangue fica coagulado e você tem que esfregar pra valer".
Ao mesmo tempo em que Gabriela preenche a vaga, começa a atuar na cidade um serial killer conhecido como "Blue Blood", que mata senhoras de alta sociedade.
Na verdade ele é Paul Guell (William Baldwin), um charmoso garçom. Baldwin só foi parar no filme porque estava em Miami filmando "Fair Game" e adorou o roteiro.
A comédia negra que surge da combinação de personagens tão diferentes em sua loucura não chega a se tornar excitante por causa da falta de pulso firme na direção.
Mas é possível entrever o talento ainda imaturo de Reb Braddock em detalhes como abertura, trilha sonora e escolha do elenco.
Há no elenco do filme desde a engraçada Mel Gorham como a colega de trabalho Elena até o promissor Bruce Ramsay como o namoradinho de Gabriela. A VJ da MTV Daisy Fuentes também aparece.
Vale avisar aos apressados que após os créditos há uma cena extra para os que ainda não tenham deixado o cinema.
(AG)

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