| São Paulo, quinta-feira, 17 de outubro de 1996 |
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Clássicos se misturam com novos
DA REDAÇÃO A 20ª Mostra Internacional exibe ano 184 filmes, divididos em 140 longas e 44 curtas. No lugar de uma grande quantidade (costumeiramente cada edição contava entre 200 e 300 filmes) agora o espectador pode contar com alguns cineastas clássicos e também distantes do circuito comercial.O melhor exemplo é o diretor francês Eric Rohmer, que finalmente termina sua trilogia sobre as estações do ano. Seu "Conto de Verão" foi um dos sucessos da temporada cinematográfica francesa neste ano. Outro filme aprovado pela crítica é "Basquiat", de Julian Schanabel, que conta a turbulenta vida do pintor que foi durante o início da década passada um "garoto de ouro" das artes norte-americanas. Entre os curtas-metragens a atenção se dirige para a curiosa obra do italiano Nani Moretti, que em sete minutos conta como foi a estréia de um filme do araniano Abbas Kiarostami na Itália. A idéia de um cinema étnico ainda persiste no festival. São produções de todos os tipos e lugares, mas predominam obras dos cineastas que chegam do Oriente. Entre eles, a estrela do cinema esteticista da região de Hong Kong, o cineasta Wong Kar-way, que terá o seu "Anjos Caídos" exibidos na Mostra. Kar-way se tornou conhecido do público brasileiro depois de "Amores Expressos", uma delirante história de paixões urbanas. Entre as ausências, "Picasso", biografia do pintor pelo diretor James Ivory. O filme foi cancelado da programação dois dias antes da abertura oficial que acontece hoje. Texto Anterior: A GAROTA DO SILÊNCIO; A HOLLYWOOD VERMELHA; IGREJA DE NIKOLAI; A ILHA DOS CORAÇÕES PARTIDOS; A TRIBO DE MACADAM; ADEUS AO SUL; 06 Próximo Texto: Festival terá cinema distante Índice |
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