São Paulo, quinta-feira, 17 de outubro de 1996 |
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Sindicalistas fazem lista de pedidos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O risco de crescimento do desemprego na indústria foi assunto de uma reunião entre ministros e sindicalistas, ontem, poucas horas após o governo anunciar um pacote de incentivo ao emprego.O presidente da CUT, Vicente Paulo da Silva, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Paulo Pereira da Silva, e mais cinco presidentes de sindicatos de metalúrgicos paulistas tiveram reunião com os ministros Paulo Paiva (Trabalho) e Francisco Dornelles (da Indústria, do Comércio e do Turismo). Os sindicalistas apresentaram uma lista de reivindicações para aumentar a proteção das autopeças fabricadas no Brasil. Eles falaram pela manhã com o presidente Fernando Henrique, que os encaminhou a Dornelles. O ministro afirmou que estudará as reivindicações e apresentará uma resposta em no máximo dez dias. A lista coincide quase totalmente com o que empresários do setor de autopeças apresentaram ao governo há cerca de um mês. A MP (medida provisória) que criou o regime automotivo hoje em vigor reduziu a alíquota do II (Imposto de Importação) das autopeças de 18% para 2%. Os sindicalistas querem a elevação imediata dessa alíquota para 9,6%, com alta progressiva até alcançar 16% no ano 2000. Pedem também um aumento de dez pontos percentuais no índice de nacionalização da produção dos veículos, que passaria dos atuais 60% para 70%. Esse índice, segundo a MP, deve refletir a média de vários insumos na linha de produção. Se as reivindicações não forem atendidas, os sindicalistas ameaçam convocar greves. Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, disse que espera também a retomada das câmaras setoriais, nas quais sindicalistas e representantes das empresas se reuniam com o governo. Texto Anterior: FHC promete reduzir taxa de desemprego Próximo Texto: Porto inicia processo para demitir 2.573 Índice |
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