São Paulo, quinta-feira, 17 de outubro de 1996
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Déficit da balança puxa juro na BM&F

JOSÉ CARLOS VIDEIRA
DA REDAÇÃO

O déficit de US$ 655 milhões na balança comercial de setembro mexeu com a projeção de juro futuro na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) ontem.
O mercado teme que, por conta do aumento das importações, o Banco Central (BC) possa reduzir o ritmo da queda dos juros nos próximos meses.
O contrato futuro de juro para dezembro (que sinaliza a expectativa de custo do dinheiro para novembro) subiu de 1,79%, no dia anterior, para 1,80% ontem. O de janeiro, de 1,74% para 1,76%, e o de fevereiro, de 1,70% para 1,73%.
O volume financeiro movimentado pelos contratos de taxa de juro na BM&F atingiu o recorde de R$ 29,34 bilhões.
Mas no mercado à vista de dinheiro não houve tantos sobressaltos ontem.
A taxa do Selic-over abriu a 2,57%, chegando a bater em 2,58%. Mas, ainda durante a manhã, recuou até 2,43%.
O dinheiro a termo para hoje foi negociado a 2,52% na ponta tomadora e a 2,53% na ponta doadora. O mercado aposta numa taxa efetiva para o mês entre 1,83% e 1,86%.
Os novos percentuais de recolhimento compulsório para os depósitos a prazo dos bancos, que passam a vigorar amanhã, preocupam os operadores do mercado aberto. As taxas devem subir com o aperto na liquidez que a medida deve provocar.
O resultado da balança teve pouco efeito nas mesas de câmbio ontem. Na BM&F, os contratos de taxas de câmbio futuro tiveram ligeira alta.
O dólar comercial (usado nas exportações e exportações) fechou a R$ 1,0246 na ponta vendedora -praticamente estável em relação à cotação do dia anterior.
Pela média de mercado apurada pelo BC, o comercial ficou a R$ 1,0245 para compra e a R$ 1,0253 para venda, com alta de 0,02% sobre a média de terça-feira.
O vencimento do mercado de opções, na segunda-feira, continuou ditando o rumo dos negócios na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo).
Os investidores começam a posicionar-se para a disputa entre comprados (apostam na queda) e vendidos (apostam na alta).
O índice Bovespa recuou 0,16%, com 67.335 pontos. O giro financeiro foi bem mais robusto: R$ 536,67 milhões.

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