São Paulo, quinta-feira, 17 de outubro de 1996 |
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Mercado de trabalho . Salário médio Clínico-geral (R$ 988*, jornada de 4h) Clínico-plantonista (R$ 808) . Área de atuação Setor privado: consultórios particulares, clínicas e consultórios credenciados por seguradoras, planos de saúde, empresas de autogestão ou cooperativas médicas; hospitais e postos do Inamps . Tendências para o futuro "A maioria das faculdades está formando um bando de gente despreparada, que vai trabalhar nos hospitais públicos ou para empresas de convênios por uma miséria. Os médicos não são estimulados a se qualificar e, sem preparo, prestam um atendimento sem respeito ao público e sem competência técnica. O mercado tem de passar por uma profunda reformulação. Medicina hoje é só para quem gosta e não conseguiria ser feliz se não fosse médico." Drauzio Varella, 53, cancerologista do hospital Sírio Libanês "A maioria dos médicos trabalha em média 12 horas por dia, em dois ou três empregos, por uma má remuneração. Esse quadro só vai mudar quando houver uma revisão dos setores público e privado de saúde. Enquanto isso não acontecer, a qualidade decrescente das condições de trabalho vai se acentuar." Eleusis de Paiva, 43, presidente da Associação Paulista de Medicina (*) Valores de setembro pagos até o 5º dia útil de outubro de 1996. A amostra é de empresas privadas de médio e grande porte (faturamento acima de US$ 20 milhões), com sede ou filial na Grande São Paulo. Fonte: Associação Paulista de Medicina e Datafolha Texto Anterior: Currículo cria o 'tempo livre' Índice |
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