São Paulo, quinta-feira, 17 de outubro de 1996 |
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Ato da Nação do Islã reúne mais de 30 mil em Nova York Ato lembra um ano de marcha em Washington CLÁUDIA TREVISAN
Farrakhan defendeu a criação de um Estado palestino, afirmou que a ONU deve agir de forma independente e comparou o aborto ao homicídio. Sem modéstia, disse que tinha de dizer aos governantes do mundo "o que está errado". O principal líder da Nação do Islã discursou atrás de vidro blindado, protegido pelos Frutos do Islã, a guarda particular da organização. Diante de uma platéia praticamente toda negra, Farrakhan acusou o governo dos Estados Unidos de ser conivente com a venda de armas e drogas para jovens negros. "Os negros morrem nas ruas, e nem o Congresso nem o governo fazem nada, porque querem os homens negros mortos", afirmou. Entre os participantes, havia negros convertidos ao islamismo e outros seduzidos pelo discurso de respeito próprio e independência econômica feito por Farrakhan. Merk Baker, 25, não pertence à Nação do Islã, mas participou das duas marchas -a de ontem e a de 1995, um protesto contra a "supremacia branca". "Amo Farrakhan", disse. As mesmas palavras foram usadas por Shirley Muhammed, que integra a organização há cinco anos. Ela é consultora de saúde feminina e faz palestras sobre o tema para integrantes da Nação do Islã. Um pequeno grupo de judeus protestou contra o ato. Segundo eles, Farrakhan é racista. Texto Anterior: EUA tentam cessar-fogo entre curdos do Iraque Próximo Texto: Aumenta o número de crianças com fome nos EUA Índice |
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