São Paulo, sexta-feira, 18 de outubro de 1996
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A vida copia Shakespeare

ARTHUR NESTROVSKI
ESPECIAL PARA A FOLHINHA

Todo mundo já deve ter se perguntado qual é o maior escritor do mundo. É uma pergunta boba: não há um campeão da literatura. Mas muitas pessoas concordam que William Shakespeare é o maior autor que elas leram.
O escritor inglês Shakespeare (pronuncia-se "chêiquispir") nasceu em 23 de abril de 1564 e morreu num 23 de abril também, de 1616.
Ele escreveu 37 peças de teatro, 154 sonetos e alguns outros poemas. Sua peça "Romeu e Julieta" serve no Brasil até de nome para goiabada com queijo.
As peças de Shakespeare são boas histórias. Mas mais importantes são as palavras, que ele sabia usar como ninguém. E mais importante, ainda, é o modo como ele nos mostra a gente mesma, por dentro -como a gente sente as coisas do mundo.
Ninguém jamais tinha escrito assim sobre as pessoas. E ninguém conseguiu escrever, depois dele, sem ser um pouco influenciado por ele.
Não é exagero dizer que tudo o que a gente lê de literatura, até hoje, é um pouco obra de Shakespeare. A própria vida parece, às vezes, uma repetição de Shakespeare.
Só tem um papel que ele não escreveu. É o de leitor de Shakespeare: um dos papéis mais inesquecíveis que você e eu e cada um de nós vai ter na vida.

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