São Paulo, sábado, 19 de outubro de 1996
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Transporte de Maluf é melhor avaliado

GEORGE ALONSO
DA REPORTAGEM LOCAL

A imagem pública do transporte de ônibus em São Paulo foi mais positiva e regular no governo Paulo Maluf (PPB), em relação à gestão de Luiza Erundina (PT).
É o que mostram as pesquisas anuais Gallup/ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos) feitas com usuários. A ANTP é uma entidade apartidária, formada por técnicos de transportes.
As médias ponderadas das duas pesquisas anuais -exibidas pela SPTrans- apontam os índices de Maluf: 26 positivo (1993), 13 (94), 5 (95) e 17 (96). O índice varia de 100 positivo a 80 negativo.
Na gestão Erundina, a média ponderada (de duas pesquisas/ano) só foi positiva com a municipalização, em 1992: 30 positivo.
Porém, a última pesquisa de 1992 (gestão PT) apontou 50 positivo no serviço de ônibus das empresas privadas e 36 positivo na CMTC. Até 1990, quando ainda pensava-se em estatização, houve indefinição na política petista, com piora do serviço, que só começou a se recuperar em agosto daquele ano.
A municipalização, criada pelo PT em 1992, é elogiada pelo presidente da SPTrans, Francisco Christovam. Foi o arcabouço jurídico que permitiu à prefeitura controlar melhor o serviço.
Improdutividade atual
O governo Maluf, porém, não investiu em transporte coletivo o montante que deixou de gastar em subvenção à CMTC (extinta) e com subsídio menor à passagem.
Novas avenidas, túneis e apenas a extensão de um único corredor de ônibus (Paissandu-Vila Nova Cachoeirinha) feito pelo PT, resultou em menor produtividade, admitida até pela SPTrans.
A velocidade média de tráfego dos ônibus caiu de 20 km/h na gestão PT para 15 km/h hoje. No governo petista, a velocidade chegou a ser de 24 km/h. O tempo gasto pelo passageiro para chegar ao destino, claro, aumentou.
Christovam alega que, nos últimos três anos, chegaram às ruas mais 1 milhão de carros, resultado da estabilização econômica. Maluf só fez quatro faixas exclusivas de ônibus contra 18 de Erundina.
Maluf pôs, então, mais mil ônibus nas ruas justamente para tentar atender o usuário. Hoje, há oito passageiros por metro quadrado contra sete na gestão PT.
(GA)

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