São Paulo, sábado, 19 de outubro de 1996 |
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Filial da Odebrecht faz obra em Portugal Concorrência é de US$ 400 milhões JAIR RATTNER
"O Alqueva será a maior reserva estratégica de água para Portugal e talvez seja a maior da península ibérica", afirma Paulo Lagarto, assessor de imprensa do ministro português do Equipamento Social. Segundo Lagarto, a barragem deve ficar pronta no final do ano 2000. "O paredão, de 348 metros de arco, é semelhante ao da Barragem do Funil, no Estado do Rio", conta José Costa e Moura, da Bento Pedroso. A principal diferença é que a barragem portuguesa tem maior capacidade de armazenamento de água, com 4 bilhões de m³. Destinada a abastecer a região mais árida de Portugal, o Alentejo, deverá permitir a agricultura de rega intensiva em 100 mil hectares. O conjunto, incluindo os canais de irrigação, será responsável por um investimento de US$ 850 milhões, com obras até 2030. O contrato para a construção só deve ser assinado dentro de 30 dias. Para o governo português, o principal objetivo do Alqueva é impedir a desertificação da região, que é a mais pobre do país. O consórcio vencedor é liderado pela construtora portuguesa Somague. Além da Bento Pedroso, participam duas empresas espanholas, a Dragados e a Cubiertas. Cada empresa entra com 25% no consórcio. Segundo Costa e Moura, a liderança do consórcio foi atribuída à Somague por ter maior experiência na construção de barragens em Portugal. A empresa optou por não trazer os conhecimentos técnicos da Odebrecht do Brasil. "Com a reformulação do grupo Odebrecht, somos um investimento na área da engenharia e não só uma filial", diz Costa e Moura. Texto Anterior: Livro conta bastidor da câmara setorial Próximo Texto: Porto de Santos pára durante 24 horas Índice |
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