São Paulo, sábado, 19 de outubro de 1996 |
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'A Gaivota' tem montagem
RICARDO HUMBERTO
Tchecov é um dos grandes nomes do teatro do país, e "A Gaivota", um dos marcos da história do teatro. O tema central é o fracasso presente na vida dos personagens, que não conseguem alcançar sua realização pessoal. Antes de "A Gaivota", explica Kove, não havia um sistema de preparação para atores. "O teatro russo se aproximava muito da ópera, com exageros na interpretação", diz o diretor. O teatro de Tchecov passou a exigir uma interpretação mais realista do cotidiano, fugindo dos estereótipos. A primeira montagem de "A Gaivota" coincidiu com a inauguração do Teatro de Cultura de Moscou, o mais expressivo da Rússia e que passou a ser simbolizado pela ave. Na mesma época, surge Constantin Stanislavsky, que se tornaria um expoente da dramaturgia russa e da teoria teatral e que dirigiria a peça anos depois. O diretor Kove está no Brasil há seis meses, realizando trabalho com os alunos do Teatro-Escola Macunaíma. O objetivo é aprofundar o estudo do sistema de interpretação de Stanislavsky. Kove dirigiu, também no Macunaíma, montagem de "Sonho de Uma Noite de Verão", de Shakespeare, que esteve em cartaz em setembro. Peça: "A Gaivota" Quando: Sáb, às 21h, e dom, às 20h Onde: Teatro-Escola Macunaíma (al. Barão de Limeira, 490, tel. 222-7507) Quanto: R$ 5 Texto Anterior: Jazz deixa noite e sai à luz em Moema Índice |
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