São Paulo, domingo, 20 de outubro de 1996 |
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Neurocirurgião é agora clínico geral Urbano da Silva, 45, acha o PAS caro DA REPORTAGEM LOCAL O neurocirurgião Jair Urbano da Silva, 45, passou por uma situação inusitada. Ao decidir não aderir ao PAS, o médico foi transferido para a Usina de Asfalto Barra Funda.Urbano trabalhava no pronto socorro do Hospital Artur Ribeiro de Sabóia, o Hospital Jabaquara (zona sul), atendendo em geral pacientes com trauma craniano ou da coluna. "Agora fico lá na usina atendendo o pessoal. Trato funcionários com hipertensão, problemas de pele, e queixas variadas. Procuro trabalhar com dignidade, mas um médico do trabalho seria mais apropriado", afirmou. O médico não quis se associar ao PAS por acreditar que o sistema era muito imperfeito, caro e que não duraria. "Eles tentam esconder os erros pagando bem os médicos. Estão oferecendo um atendimento que custe o mínimo possível para garantir o lucro deles", disse. "O PAS restringe o meu ofício porque a área de neurocirurgia é muito cara. Não quero trabalhar preocupado o custo do atendimento do paciente. Não foi para isso que fiz medicina. Só quero atender bem." Texto Anterior: PAS obriga médico a cumprir horário Próximo Texto: 'O salário é muito bom', diz pediatra Índice |
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