São Paulo, domingo, 20 de outubro de 1996 |
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Clássico opõe rejeitados e fraldinhas ARNALDO RIBEIRO e HUMBERTO SACCOMANDI ARNALDO RIBEIRO; HUMBERTO SACCOMANDI
Uma incógnita ronda São Paulo e Corinthians, que fazem o clássico paulista do Brasileiro hoje, às 19h, no Morumbi. Os dois times, com diversos desfalques, vão alinhar formações inéditas. O técnico Carlos Alberto Parreira, do São Paulo, decidiu apostar em jogadores que, até pouco tempo, eram rejeitados. Nelsinho Batista, do Corinthians, por sua vez, confiou o setor ofensivo a quatro "fraldinhas". O mais experiente é o meia Souza, de apenas 21 anos. Completam a linha de frente Jorginho, 21, Marcos Alemão, 20, e Silva, 19. É a primeira vez que os quatro vão jogar juntos. "Estamos um pouco perdidos", avalia Silva. Esse desentendimento no ataque é a principal preocupação de Nelsinho. Durante a semana, o time titular conseguiu marcar um único gol nos três coletivos realizados. "Isso é preocupante, claro. Um gol é muito pouco. Estou conversando e orientando os jogadores para acharmos um bom posicionamento", disse Nelsinho. Nelsinho teve de improvisar e promover juniores devido a contusões. Os titulares Marcelinho, Tiba e Alcindo estão machucados. O treinador não teme que eles sejam prejudicados, por entrar no time titular numa situação difícil, com a responsabilidade de classificar o clube para a fase final. "Se eu improvisei e promovi esses jogadores, é porque vejo qualidades neles", disse Nelsinho. Dispensáveis O trunfo do São Paulo hoje são jogadores que já estiveram entre os rejeitados. Antes do início do Brasileiro, o lateral-direito Cláudio, o zagueiro Bordon e o volante Nem constavam da lista dos negociáveis. Pela venda de Sorlei e a queda de produção de Ronaldo, Bordon iniciou o campeonato como titular e não saiu mais. Cláudio ganhou a posição durante a competição. Nem, por sua vez, só começou a ser aproveitado depois que o titular Axel passou a ser suspenso seguidamente. No meio-campo aparecem Belletti, que perdeu a vaga na lateral para Cláudio, e Fábio Mello, que se aproveitou das contusões de Sandoval e Adriano para se firmar. Ele é titular há quatro jogos. "No começo, era a quinta opção. Mas a chance surgiu e eu estava bem preparado", disse Fábio Mello. A única dúvida de Parreira está no ataque, entre Valdir e Aristizábal. LEIA MAIS sobre o clássico à pág. 3 e sobre o Brasileiro às págs. 2 e 4 Próximo Texto: Times lutam por uma vaga Índice |
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