São Paulo, domingo, 20 de outubro de 1996
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Jogador quer 'luz' própria

MÁRIO MAGALHÃES
DO ENVIADO A FORTALEZA

Presente e passado se misturaram no ano passado numa excursão do time de veteranos do Flamengo à Ásia e à Europa.
Convidado por Zico, Pintinho jogou ao lado do ídolo e de ex-craques como Júnior, Adílio, Andrade, Edinho e Nunes.
Pintinho não é nostálgico ao lembrar seu ex-clube. "Foi difícil sair pela primeira vez, mas tenho que continuar a vida."
Ele rejeita a comparação com Zico. "Nunca vai existir um novo Zico. Ele vai ficar na memória de todas as pessoas. Nos próximos 200 anos, vão falar dele."
Pintinho não se vê igual ao maior astro do Flamengo, mas mantém a esperança de vencer no esporte.
"Não quero ser página da história de ninguém, quero escrever meu nome na história do futebol, nem que seja num pedacinho."
"Não se compara uma pessoa a outra. Zico é Zico, Sávio é Sávio. Este joga muito, eu o adoro, mas cada um tem sua história."
Ao contrário do que até hoje crê a maioria da torcida do Flamengo, Pintinho não é chamado assim por ter sido apontado há quase sete anos como sucessor do Galinho de Quintino.
Ele ganhou o apelido de uma amiga de sua mãe, na infância, por ter um pinta na face esquerda do rosto. O nome faz justiça ao corpo do atacante: 59 kg, 1,72 m de altura e pé número 37.
A fragilidade e a habilidade às vezes causam problemas: neste ano, ficou quase dois meses parado devido a uma pancada na clavícula.
Como Zico, não por acaso, idolatra o segundo maior artilheiro do Flamengo em todos os tempos: Dida, mestre de ambos na escolinha do clube, magro e técnico como eles.
(MM)

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