São Paulo, domingo, 20 de outubro de 1996 |
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Time viaja 22 horas de ônibus
MÁRIO MAGALHÃES
No estádio Frei Epifânio da Abadia, o time perdera por 4 a 0 do Remo (PA), se aproximando do rebaixamento à terceira divisão do Campeonato Brasileiro. Vinte e duas horas depois, o ônibus chegou a Fortaleza. Nem toda a delegação voltou. O técnico José Valdo pegou um ônibus para São Luís e de lá, demitido, foi de avião para a capital cearense. Já havia uma ausência na ida para Imperatriz: o médico, insatisfeito, enviou em seu lugar um estudante de medicina. Pintinho está emprestado até dezembro. Não parece otimista com a chance de voltar ao Rio e se diz feliz no Ceará, apesar da crise. Depois de o ônibus chegar do Maranhão, ele caminhou dois quarteirões até o apartamento, alugado pelo clube, onde mora sozinho. Quando foi para o Flamengo, gastava 1 hora e 40 minutos para ir, em dois ônibus, da Baixada Fluminense ao estádio da Gávea. Agora, ele faz as próprias refeições, seguindo conselhos de nutricionistas que conheceu no Flamengo. Nas folgas, hábito de jogador, frequenta shoppings. Quando era criança, não tinha dinheiro para comprar os tênis que via nas vitrines. A mãe, viúva desde 1988, tinha sete filhos. "Agora, posso comprar o tênis que quiser", diz Pintinho. Em casa, ele possui sete pares. (MM) Texto Anterior: Para ídolo, comparação prejudicou novato Próximo Texto: Semifinal do Paulista tem 2º jogo hoje Índice |
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