São Paulo, domingo, 20 de outubro de 1996
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Casas voltam ao mercado imobiliário

MAURO TEIXEIRA

MAURO TEIXEIRA; RODRIGO AMARAL
EDITOR DE IMÓVEIS

Novo tipo de zoneamento urbano faz crescer o número de lançamentos de condomínios horizontais em SP

e RODRIGO AMARAL
O mercado de condomínios horizontais em São Paulo ganhou forte impulso com a aprovação de um novo tipo de zoneamento, em julho de 1994. Por isso, hoje, a oferta desse tipo de imóvel começa a se tornar mais variada na cidade.
No primeiro ano de vigência da lei nº 11.604 ("Lei de Vilas'), que criou as regiões com zoneamento R3-03 (que facilitaram a implantação de condomínios de casas), os lançamentos do produto mais que triplicaram na capital paulista.
Em 1994, foram colocados quatro empreendimentos com esse perfil na cidade. No ano seguinte, essa quantia passou para 14, conforme levantamento do Datafolha.
Neste ano, até agosto foram lançados seis condomínios horizontais. A queda se deve, segundo as construtoras, ao crescente aumento de preços dos terrenos.
"Acredito que o próprio mercado vai regular isso, e os preços devem cair", diz Gerson Bendillati, diretor de incorporações da Inpar.
Outra novidade proporcionada pela nova lei foi o surgimento de condomínios de casas para a classe média, ainda que a maioria dos lançamentos continue privilegiando o mercado de alto padrão.
Os bairros campeões de lançamentos em 95 foram Alto da Boa Vista (zona sul) e Morumbi (zona oeste), segundo a Amaral D'Ávila Engenharia de Avaliações.
Mercado latente
Isso mostra que a indústria imobiliária paulistana tenta atender a um desejo crescente de parte dos potenciais compradores.
Pesquisa do Creci-SP (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis), indica aumento na procura de casas para alugar na capital.
Essa procura se refletiu em um aumento médio de 5% no valor do aluguel de casas no mês de agosto.
Já o Secovi-SP (sindicato de empresas imobiliárias) apurou que 37% dos visitantes do 3º Salão do Imóvel, ocorrido em junho, queriam comprar uma casa nova.

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