São Paulo, segunda-feira, 21 de outubro de 1996
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PF protege Jungmann após ameaças

DANIELA FALCÃO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Devido às ameaças de morte que vem recebendo, o ministro Raul Jungmann (Política Fundiária) terá proteção permanente da Polícia Federal a partir desta semana.
Ele havia feito o pedido ao diretor-geral da PF, Vicente Chelotti, na sexta-feira passada.
A família do ministro foi incluída no esquema de proteção. As ameaças, segundo a assessoria do ministro, partiram de um fazendeiro do Mato Grosso que reclama indenização de R$ 17 milhões. Ele teria entrado armado no ministério em Brasília, semana passada, depois de o Supremo Tribunal Federal ter vetado a indenização.
Além de Jungmann, agentes federais também estão fazendo a segurança de funcionários da Procuradoria do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e da família da secretária-executiva do Ministério da Administração e Reforma do Estado, Cláudia Costin, 40.
Na semana passada, o ministério lançou pacote que prevê demissão de 251,5 mil servidores federais.
Depois do anúncio, Costin passou a receber telefonemas anônimos com ameaças de morte contra ela e seus dois filhos.
Costin passou a andar com três agentes da PF e alterou horários e itinerários. A filha de 15 anos trocou Brasília pelo Rio e também está sob proteção da PF.
"Não é a primeira vez que Claudia Costin sofre ameaças", disse Chelotti. "Só que, desta vez, os autores das ameaças deixaram claro que conheciam muito os hábitos e a rotina dela. Por isso, optamos pela segurança máxima."

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