São Paulo, segunda-feira, 21 de outubro de 1996![]() |
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Porto de Galinhas desacelera turista 80% dos visitantes do povoado são paulistas EDMILSON ZANETTI
Mar de águas claras, areia fina e branca, corais, jangadas, mangue, água-de-coco, frutos do mar, luau, lendas e paz são alguns dos ingredientes de Porto de Galinhas. Situado 60 km ao sul do Recife, no município de Ipojuca, o povoado está se preparando para uma explosão demográfica. A partir do final do próximo mês, a população deve dobrar. Para viabilizar o atendimento aos visitantes, a indústria do turismo investe na região cerca de R$ 6 milhões, segundo estimativas de hoteleiros locais. Os paulistas são 80% dos visitantes. Mas há gente de todo o planeta: argentinos, alemães, portugueses, franceses, japoneses. Sossego Apesar dos números, o local ainda é um ponto de refúgio para quem gosta de sossego. Os cerca de 4.000 moradores da "falsa" Vila dos Pescadores, que há dez anos viviam da pesca e do corte da cana-de-açúcar, hoje vivem essencialmente do turismo. A população flutuante se hospeda em hotéis de quatro ou três estrelas, pousadas, campings e, os mais malucos, a céu aberto. Apesar do movimento, os turistas ainda conseguem manter uma relação harmoniosa com a natureza. Não há latas de lixo na praia e dificilmente se vê sujeira. No mangue, com a maré baixa, é até possível avistar cavalos-marinhos. Para informar os visitantes e evitar a poluição, os guias locais são instruídos a dar aulas de ecologia aos turistas. Por mais que se movimente, o turista ficará sempre entre dois mares: um azul e outro verde. O primeiro, original, salgado; o outro, formado por cerca de 300 mil coqueiros -todos particulares. Depois do barulho das ondas e dos coqueirais, o som mais comum é dos bugues, ou "bugres" -o carro oficial do lugar. Só com o aluguel de um deles, a R$ 40 ou R$ 60 por dia, é possível descobrir os 18 km de praias e alguns dos seus mistérios. Texto Anterior: Personagens pitorescos divertem Olinda Próximo Texto: Povoado recebia navio negreiro Índice |
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