São Paulo, segunda-feira, 21 de outubro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Gerente dá toque carioca ao principal hotel de Bora Bora

Piloto Ayrton Senna se hospedou no local após um GP no Japão

JAIME BÓRQUEZ
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O mais sofisticado, caro e famoso hotel de Bora Bora é dirigido por brasileiros.
O Bora Bora Lagoon, na ilhota de Toopua, tem como gerente-geral Bernard Mercier, 44, nascido no Rio. Ele já trabalhou nos mais importantes hotéis do mundo, como o Sheraton de Cancún, o Inter-Continental de Cali e do Rio, entre outros.
Mercier havia rejeitado a gerência do Bora Bora Lagoon em uma oportunidade, até que foi convencido pelo grupo do japonês Tadanori Nara.
"É uma responsabilidade estar num hotel dessa categoria. Um investimento de US$ 26 milhões num lugar que tem furacão é coisa para gente ousada."
Foi ele quem recebeu uma ligação de Ayrton Senna, após um Grande Prêmio do Japão. Senna queria saber se era possível se hospedar sem ser incomodado. Mercier disse que sim.
Todos lembram de Senna como uma pessoa suave, simples e carinhosa, que fazia questão de ser tratado como qualquer outro hóspede.
Quem teve muito contato com ele foi Sandra Hachinohe, 28, paulistana do Paraíso. Ela coordena o atendimento aos clientes do Bora Bora Lagoon.
Trabalhou no Caesar Park até que Mercier lhe ofereceu emprego na ilha. "Não acreditava que isso estava acontecendo comigo. Mas fiz as malas e em 15 dias estava na romântica Bora Bora, no melhor hotel da Polinésia."
O hotel tem jeito brasileiro mesmo. No circuito fechado, só se escuta música brasileira.
Mais brasileiros
No cais de Uturoa, em Raiatea, trabalha Fátima Mendes, 39, de Alagoinhas (BA).
Com seu marido, o francês Gilles Triboulat, tem um pequeno estaleiro, onde fabricam caiaques e catamarãs.
O negócio vai de vento em popa. Acabam de vender uma grande quantidade de caiaques, cujo desenho arrojado e nova técnica de fabricação, desenvolvidos pelo casal, impressionaram as autoridades locais.
Fátima lembra com humor quando, há cinco anos, chegou a Raiatea com apenas uma furadeira na mão.
(JB)

Texto Anterior: Heiva agita os taitianos
Próximo Texto: Estudo e aventura; Aprender na Disney; Leading faz encontro; Empresas na Caiman; Mergulho de príncipe; África do Sul em foco
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.