São Paulo, terça-feira, 22 de outubro de 1996 |
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Covas planeja a criação de "supersecretarias" em 97
RICARDO FELTRIN
As secretarias de Fazenda e Planejamento, unidas, seriam transformadas numa "supersecretaria econômica". O mesmo ocorreria com Segurança Pública, Justiça e Administração Penitenciária, entre outras (veja quadro ao lado). A proposta de reforma está em documento preparado pelo Grupo de Gestão Estratégica, subordinado ao secretário de Governo, Antonio Angarita. O documento, considerado sigiloso, já foi enviado a algumas secretarias estaduais e a Folha teve acesso a ele ontem. Também faz parte da reforma do governo tucano extinguir algumas fundações, cujos nomes não foram citados. A venda do Jardim Zoológico, por exemplo, seria uma das medidas previstas. As propostas para a criação de "supersecretarias" já vêm sendo estudadas pelo governo há pelo menos seis meses. Os estudos da equipe, comandada por Angarita, seguiriam os preceitos do livro "Reinventando o Estado", de David Osborne. Trata-se de uma espécie de "bíblia" da reengenharia de governos (leia texto ao lado). Os nomes dos secretários que devem sair do governo ou vir a integrá-lo com a reforma não constam do documento. A Folha apurou que Yoshiaki Nakano (atual secretário da Fazenda) deverá assumir a "supersecretaria" de Economia. Outro que, tudo indica, deve continuar no primeiro escalão estadual é José Afonso da Silva, da Segurança Pública. Afonso da Silva, amigo pessoal de Covas, é o secretário mais bombardeado dentro do governo -especialmente por algumas entidades civis (como os Conselhos de Segurança) e deputados estaduais da chamada "direita", como Erasmo Dias e Conte Lopes (ambos do PPB) e Afanasio Jazadji (PFL). Mesmo as secretarias que serão mantidas sem fusões (como Saúde e Educação) poderão sofrer mudanças em seu comando. Governo O vice-governador Geraldo Alckmin afirmou ontem que o objetivo do estudo é buscar "mais eficiência" do Estado. "Trata-se de um estudo de reforma institucional e não de demissões. Já fizemos 70 mil demissões. Mas é meramente um estudo, não implica extinção de secretarias e sim busca de eficiência. É meramente um estudo, não acredito em nada a curto prazo." Texto Anterior: Krause fica irritado com falta de verbas Próximo Texto: Fiesp acusa governo paulista de imobilismo nas privatizações Índice |
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