São Paulo, terça-feira, 22 de outubro de 1996
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Governador pede que PF apure

DA AGÊNCIA FOLHA

O governador do Rio Grande do Norte, Garibaldi Alves Filho (PMDB), enviou ao ministro da Justiça, Nelson Jobim, ofício pedindo que as investigações da morte de Francisco Gilson Nogueira de Carvalho sejam feitas "por autoridade estranha aos quadros da administração estadual".
O motivo é que o advogado tinha conflitos com as polícias Civil e Militar no Estado. No ofício, o governador menciona que "houve indícios" de que Nogueira estaria envolvido no assassinato de um cabo da Polícia Militar.
O governador também faz referências à chacina de Mãe Luiza e às acusações feitas por Nogueira contra a Polícia Civil.
O presidente da OAB-RN, Adilson Gurgel, disse que a entidade vai designar três advogados para acompanhar as investigações.
Ele afirmou que encaminhou pedido ao Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para que a PF assuma a apuração.
Ele afirmou que pretende levar o caso à reunião dos presidentes estaduais da OAB, na próxima quinta-feira, em Goiânia (GO).
O presidente da OAB disse também que o Ministério Público vai nomear dois promotores para acompanhar as investigações.
O monsenhor Agnelo Dantas Barreto afirmou que a igreja está "perplexa". Ele substitui o arcebispo d. Heitor Araújo Salles, que está na Europa. Salles havia pedido a instalação de uma CPI para apurar a chacina de Mãe Luzia.

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