São Paulo, terça-feira, 22 de outubro de 1996
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Filmes clássicos voltam às telas americanas remoçados

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A tendência de restauração dos clássicos do cinema continua produzindo grandes resultados.
Depois das reestréias de "Lawrence da Arábia", "Belle de Jour" e "My Fair Lady", chegou a vez de uma edição tecnicamente melhorada de "Vertigo", que, no Brasil, recebeu o nome de "Um Corpo Que Cai".
Para restaurar uma das películas mais famosas do diretor Alfred Hitchcock, os estúdios Universal gastaram US$ 1 milhão.
"Vertigo", que figura em grande parte das listas de melhores filmes de todos os tempos, foi produzido em 1958 e estrelado por Kim Novak e James Stewart.
A restauração da imagem do filme, realizada por James Katz e Robert Harris, confere maior profundidade aos "vertiginosos" planos de Hitchcock. A gravação do som em estéreo, por sua vez, torna a música de Bernard Hermann mais obsessiva.
O porta-voz do Instituto do Cinema Americano (AFI) disse que "a resposta a 'Vertigo' está sendo enorme, o que demonstra que o cinema clássico pode ser popular".
Ricardo 3º
A reestréia mais esperada da temporada é a de um filme de 1912, o longa-metragem norte-americano mais antigo que se conserva inteiro e a primeira versão cinematográfica de um drama de Shakespeare.
Uma cópia de "Ricardo 3º" foi descoberta há um mês, quando um cinéfilo entregou os rolos com o filme, que mantinha em seu sótão havia 30 anos, para o AFI.
"Foi como encontrar em um armário um Rembrandt cuja existência se ignorava", disse a diretora do instituto, Jean Firstenberg.
O filme restaurado será apresentado no próximo dia 29, no festival do AFI, em Los Angeles.

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