São Paulo, quinta-feira, 24 de outubro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Incêndio em urnas impede a recontagem em Agrestina

Acidente ocorreu após recurso da frente derrotada

DANIELA FALCÃO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Justiça Eleitoral de Pernambuco está com um problema nas mãos. Menos de 24 horas após o candidato derrotado a prefeito de Agrestina (130 km de Recife) ter pedido recontagem de votos, as 49 urnas pegaram fogo e os 11.300 votos viraram cinzas.
O incêndio ocorreu na terça-feira, 8 de outubro. O pedido de recontagem foi feito pela coligação PFL, PTB e PSDB. Josué Mendes (PTB) perdeu a eleição por 173 votos para Antônio Marciano (PSB).
As urnas estavam guardadas em uma sala do Fórum de Agrestina, cercadas por guardas. A hipótese mais provável é que o fogo tenha sido ateado através de uma janela protegida por barras de ferro.
Apesar de os bombeiros terem sido chamados, não foi possível salvar nenhuma urna. Só pegou fogo a sala onde estavam as cédulas.
Na noite de segunda-feira, véspera do incêndio, houve blecaute em quase todo o município, inclusive na região onde fica o fórum. Segundo a Celpe (Companhia de Energia Elétrica de Pernambuco), não há registro de ocorrência que justifique a falta de luz.
O juiz de Agrestina, Augusto Sampaio Angelim, negou o pedido de recontagem. Afirmou que, quando recebeu a petição, em 10 de outubro, as urnas já haviam sido queimadas e não poderia fazer a recontagem.

Texto Anterior: Cabral Filho falta a reunião para acertar regras de debate na TV
Próximo Texto: Partidos desprezam convocação do TSE
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.