São Paulo, quinta-feira, 24 de outubro de 1996
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Paulo Renato critica boicote ao provão

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Paulo Renato Souza criticou durante a conversa na Internet a decisão da UNE (UNião Nacional dos Estudantes) de promover um boicote ao provão. Ele disse que os alunos que seguirem a determinação da UNE e entregarem a prova em branco prejudicarão a universidade em que estudam.
"Prova em branco significa zero. O aluno receberá o diploma, mas a universidade será prejudicada", disse.
Os formandos em engenharia civil, direito e administração que não fizerem o provão no dia 10 de novembro não receberão o diploma, segundo o ministro da Educação. De acordo com o ministro, o provão foi estabelecido por lei e, por isso, não cabe contestação.
"A UNE recorreu ao STF (Supremo Tribunal Federal), que confirmou a realização do exame. Numa democracia é preciso cumprir as leis. Por isso, lamento a campanha pelo boicote", disse.
Paulo Renato afirmou que não há nenhuma possibilidade de o desempenho dos alunos no provão ser divulgado. O resultado será enviado à casa do formando. Se houver quebra de sigilo, os envolvidos serão punidos.
Durante a conversa on line, Paulo Renato afirmou que o provão vai ajudar a separar "as universidades boas das ruins".
Segundo ele, as universidades públicas não sairão prejudicadas, porque, em geral, elas têm o melhor nível de ensino do país, e seus alunos são mais bem preparados.
O objetivo do exame é utilizar a média das notas obtidas pelos alunos como um dos critérios de avaliação dos cursos e das escolas pelo Conselho Nacional de Educação.

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