São Paulo, quinta-feira, 24 de outubro de 1996
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Desemprego em São Paulo cai para 14,8%

SÉRGIO LÍRIO
DA REPORTAGEM LOCAL

O desemprego na Grande São Paulo caiu no mês passado para o nível mais baixo desde fevereiro. É a terceira queda consecutiva.
A taxa diminuiu de 15,5%, em agosto, para 14,8%, segundo pesquisa da Fundação Seade e do Dieese.
Em números absolutos, isso representa um total de 1,264 milhão de desempregados. A população economicamente ativa da Grande São Paulo é de cerca de 8,5 milhões de pessoas.
Houve redução das taxas de desemprego em quase todas as faixas de idade.
Homens (5,6%), pessoas entre 25 e 39 anos (10,4%) e chefes de família (8,4%) foram as parcelas da população que apresentaram reduções mais expressivas.
As exceções foram registradas nos grupos com idades entre 10 e 14 anos e 17 e 15 anos, segmentos com menor participação no mercado de trabalho.
Mais carteiras assinadas
Cresceu também o número de empregados no setor formal. Do total de novos postos, 72% foram ocupados por assalariados com carteira assinada.
O setor de serviços foi o maior responsável pela queda no nível de desemprego. O aumento de vagas no setor foi de 2,2%, com destaque para os ramos de alimentação, com alta de 9,2%, saúde (5,9%) e educação (4,1%).
Na indústria, o nível se manteve estável, com a abertura de mil novos postos de trabalho. No comércio, houve queda de 2% (-25.000 empregos).
Segundo o gerente de análise sócioeconômica do Seade, Sinésio Pires Ferreira, o bom desempenho do setor de serviços se deve, em parte, ao aumento de ofertas de vagas no setor público.
Isso explicaria também, de acordo com ele, a elevação do número de empregos formais (com carteira assinada).
A queda na taxa de desemprego já era esperada pelo Seade, já que normalmente há uma recuperação da atividade econômica no segundo semestre.
O índice de desemprego em setembro de 96, no entanto, é o maior dos últimos quatro anos. O percentual só é menor do que o de setembro de 92, que foi de 15,5%.
O Seade prevê crescimento gradual do emprego até dezembro.

LEIA MAIS sobre desemprego na pág 2-5

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