São Paulo, quinta-feira, 24 de outubro de 1996 |
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HISTÓRIA DE H "Quando as grades encerram-nos no cubículo, com suas paredes de madeira escura, ele mostra as garras. Atira-se sobre Helena com violência, sorvendo-a, sugando-a inteira, vencendo a cidadela fácil do shortinho de viscose, ignorando seus protestos, seu temor de que a porta vai se abrir e alguém encontrá-los assim. (...) Mas seu coração dispara quando o colchão ondula, recebendo o corpo do homem como uma tempestade. As molas em seu movimento fazem Maria Emília estremecer, e ela recebe aquelas ondas com o desespero de um náufrago. Sabe que são o desespero de seu martírio. Pedro se atirara sobre a cama sem rodeios, sem temer acordá-la, e este é um sintoma irrefutável de que ele enlouqueceu de vez. (...)" Trecho do romance "A Porta", de Heloisa Seixas, lançado pela editora Record Texto Anterior: Heloisa Seixas se abandona em fantasmas Próximo Texto: Mandingas guiam filme sobre Murnau Índice |
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