São Paulo, quinta-feira, 24 de outubro de 1996
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Israel lembra morte de Rabin

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Israel iniciou ontem uma série de eventos para lembrar o premiê Yitzhak Rabin, assassinado em 4 de novembro passado ao deixar uma manifestação em favor da paz, em Tel Aviv. As comemorações vão durar duas semanas.
Ontem, centenas de pessoas acenderam velas na praça onde Rabin foi baleado.
Noa Ben-Artzi, neta de Rabin, afirmou que sua vida se tornou um pesadelo desde o atentado. "Não me lembro muito daqueles dias (...) tem sido um longo pesadelo desde então."
Em entrevista à agência "Reuter", Shimon Peres, que sucedeu Rabin no cargo de premiê, lembrou dos últimos momentos de ambos juntos.
"De certo modo, aqueles foram os momentos mais felizes de sua vida. Ele não esperava ver uma multidão tão grande e um público tão entusiasmado. Estava realmente emocionado", disse Peres, 73, sobre o comício de Tel Aviv.
Momentos depois, Rabin seria atingido pelas costas. Enquanto ele era levado para o hospital, os guarda-costas "prendiam" Peres em seu escritório, temendo pela vida do então chanceler.
Quando Peres chegou ao hospital, o premiê já estava morto. "Entrei na sala do hospital onde ele estava para dizer adeus. Ele estava coberto com um lençol, apenas seu rosto aparecia."
"Percebi que nos lábios dele havia um sorriso sarcástico como se a felicidade continuasse. Beijei sua testa."

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