São Paulo, sábado, 26 de outubro de 1996
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Não é barganha; É um bazar inteiro; Na hora certa; Operação casada; Contra o relógio; Pré-requisito; Ajuda desinteressada; Prestidigitação; Feriado brasiliense; Problema psicológico; Gazeta anunciada; Dor de cabeça garantida; Cheiro de povo; Tudo armado; É sério; Carapuça petista; Recuperação eficiente

Não é barganha
O líder do PTB, Pedrinho Abrão, está ameaçando atrapalhar a reeleição caso não seja o relator setorial de infra-estrutura do Orçamento de 97. Sarney Filho deu o cobiçado posto a Genésio Bernardino (PMDB-MG).

É um bazar inteiro
Há forte disputa na Comissão de Orçamento sobre quem fica com os melhores relatórios setoriais de 97. São sete. O filé é o de infra-estrutura (estradas e ferrovias). É a melhor oportunidade de garantir verbas.

Na hora certa
Antes do 2º turno das eleições, o Planalto não libera cargos pleiteados por parlamentares. E não adianta o PTB ameaçar. Excluídos pleitos pessoais do partido, como perdão de dívidas, os outros deverão ser atendidos.

Operação casada
Está dando certo a estratégia para renegociar as dívidas dos governadores. FHC bate e seus emissários aos Estados assopram. Em jogo, a reeleição.

Contra o relógio
Defensores da candidatura Temer à presidência da Câmara querem antecipar a escolha oficial da bancada do PMDB, marcada para 27 de novembro. Um deputado está pronto para convocar reunião antes do prazo.

Pré-requisito
Os que pretendem antecipar a escolha de Michel Temer como o candidato do PMDB à presidência objetivam dar uma resposta à movimentação de Inocêncio Oliveira (PFL). E também buscar apoio em outras legendas.

Ajuda desinteressada
Augusto Marzagão, ex-secretário de Jânio, Sarney e Itamar, fez a seguinte sugestão a um aliado de FHC, falando do excesso de pessoal em algumas áreas do governo: "É preciso enxugar a enxúndia (gordura)". Prestidigitação Em Brasília, aposta-se que o Planalto sairá com um novo pacote depois de 15 de novembro. Para desviar as atenções das articulações para tentar aprovar a emenda da reeleição.

Prestidigitação
Em Brasília, aposta-se que o Planalto sairá com um novo pacote depois de 15 de novembro. Para desviar as atenções das articulações para tentar aprovar a emenda da reeleição.

Feriado brasiliense
FHC fica no Palácio da Alvorada na segunda, dia do funcionalismo. Está marcada gravação com a Radiobrás para as 15h. Deve tentar estimular os servidores.

Problema psicológico
No programa "Palavra do Presidente" que vai ao ar na terça, FHC voltará a defender projetos que estimulem os funcionários públicos. As recentes medidas baixaram o moral da tropa.

Gazeta anunciada
O "Diário Oficial" da União publicou ontem autorização para o ministro Malan (Fazenda) passar o fim-de-semana e a segunda-feira em Nova York. Devido a "motivos particulares".

Dor de cabeça garantida
Valdemar Costa Neto (SP), arquiinimigo de Serjão, é o nome do PL na comissão da reeleição.

Cheiro de povo
Após ouvir o Hino Nacional na cerimônia de troca de guarda no Planalto, FHC desceu a rampa para cumprimentar pessoas ao som de "Pelados em Santos", dos Mamonas Assassinas. E subiu ouvindo um pagode.

Tudo armado
Piada da campanha de Célio de Castro (PSB) em Belo Horizonte sobre Newton Cardoso (PMDB) ter se encontrado com o candidato tucano, Amílcar Martins. "Foi o primeiro gesto firme do Newton em nosso apoio."

É sério
Slogan do PSTU no 2º turno paulistano: "Contra burguês, Erundina desta vez". O evento de 8 de novembro para arrecadar fundos é batizado de "Nesta festa, tucano não entra".

Carapuça petista
É sintomático do clima na campanha de Erundina: antes mesmo de perguntados, coordenadores fazem questão de negar que haja desânimo por causa da queda nas últimas pesquisas.

Recuperação eficiente
O embaixador do Brasil em Washington, Paulo Tarso Flecha de Lima, receberá um prêmio do Hospital Nacional de Reabilitação pela boa recuperação do derrame que sofreu. Bob Dole e Ray Charles já foram homenageados.

TIROTEIO
De Marcelo Deda (PT-SE), dizendo que o governo atrapalha votações no Congresso:
- FHC criou a democracia virtual. O Congresso finge que legisla, e o presidente sequer tem o trabalho de fingir que respeita o parlamento.

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