São Paulo, sábado, 26 de outubro de 1996
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Onde estavam os candidatos em 68?

MAURICIO STYCER
DA REPORTAGEM LOCAL

Nas lembranças de Celso Pitta, então com 22 anos, o último mês de 1968 ficou registrado como "muito marcante" em sua vida.
Em dezembro de 68, Pitta estava concluindo o curso de economia na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
"Foi uma época muito triste. A minha faculdade foi diversas vezes invadida pela repressão", diz, chamando a polícia política do regime militar da forma como militantes de esquerda a chamavam então ("a repressão").
"Eu não tive formatura, a comissão de formatura, inclusive, foi presa e uma das minhas colegas de turma foi, além de presa, assassinada pela repressão. Isso tudo por conta do AI-5", diz.
Pitta se refere a Sônia Angel Jones, assassinada cinco anos depois, em 1973, após ter sido presa. Este ano, uma comissão especial do Ministério da Justiça reconheceu a responsabilidade do Estado na morte de Sônia.
A agitação estudantil dos final dos anos 60 não contou com a participação de Pitta, mas o candidato guarda recordações fortes do período: "As lembranças são muito tristes. Por isso, acho que as pessoas têm que valorizar a democracia em que vivemos".

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