São Paulo, sábado, 26 de outubro de 1996
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Urna eletrônica com defeito será trocada

Objetivo do TSE é evitar uso de cédula tradicional

SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) autorizou a troca das urnas eletrônicas que apresentarem problemas durante a votação de 15 de novembro nas 31 cidades onde haverá segundo turno.
Essa medida faz parte de resolução aprovada por unanimidade pelo TSE, apesar de os presidentes de alguns TREs (Tribunais Regionais Eleitorais) terem previsto, numa consulta realizada há duas semanas, o risco de fraude com a possibilidade dessa substituição.
Pesou na decisão do TSE a avaliação de que houve frustração no primeiro turno por parte dos eleitores que votaram em cédula impressa nas seções onde as máquinas de votar apresentaram defeito.
O voto em cédula não está completamente descartado. A resolução do TSE prevê essa possibilidade, caso seja inviável a troca de uma urna eletrônica por outra. Na prática, a decisão fica a critério dos tribunais regionais.
O secretário de Informática do TSE, Luiz Antônio Raeder, disse que a substituição da urna não reduz a segurança da eleição.
Segundo ele, os dados -que poderiam eventualmente ser violados- estão nos dois disquetes que serão inseridos no novo equipamento diante de fiscais de partidos e de eleitores.
A operação apenas poderá ser executada por um juiz eleitoral ou funcionário da Justiça.
"A urna sem disquete é um equipamento vazio, não funciona. Podemos dizer que seria como trocar a mesa de votação, no sistema tradicional (cédula)", disse o secretário do TSE.
Segundo Raeder, o tribunal comprovou a segurança da operação em encontros com presidentes e representantes dos TREs.
Também está prevista maior agilidade na divulgação dos resultados parciais, pela Internet.

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