São Paulo, sábado, 26 de outubro de 1996
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BCN procura o 'equilíbrio' com florais

SÉRGIO KRASELIS
DA REPORTAGEM LOCAL

O time de vôlei do BCN/Osasco está recorrendo aos florais de Bach como um meio de atingir melhor desempenho nas quadras.
A equipe, que disputa amanhã, às 14h, o primeiro jogo do playoff final (melhor de três) do Campeonato Paulista Feminino de Vôlei, contra o J. C. Amaral, começou a usar os florais no início deste mês.
Os florais são essências que, segundo seus defensores, atuam no emocional das pessoas. O Ministério da Saúde considera os florais um complemento alimentar, e não um medicamento.
A presidente da Associação Brasileira de Essências Florais, Eunice Ermel, é a responsável pelo acompanhamento das jogadoras.
Eunice foi procurada pelo técnico do time, Carlos Bizzochi, o Cacá, que já havia recorrido a ela no ano passado, quando dirigiu a equipe do Sollo/Tietê.
Para aliviar a carga de tensão exigida nos treinos, Eunice receita florais específicos para as atletas. Segundo Eunice, eles agiriam em situações determinadas, que deixam as jogadoras, por exemplo, com sensações de medo, dúvida, angústia ou insegurança diante dos desafios a que são submetidas.
"O objetivo é buscar a harmonização do indivíduo, e os florais atuam como coadjuvantes de todo um trabalho de técnica corporal", explica Eunice.
Os princípios da acupuntura também são utilizados por Eunice. "Em vez de agulhas, procuro com as mãos pontos específicos no corpo das jogadoras para liberar energia", diz ela.
"O grupo ficou mais dinâmico", afirma Cacá, que cita a atacante Ana Cláudia como um exemplo. "Ela era travada por ser muito tensa e já está mais solta", diz ele.
A atleta confirma. "Havia muitos nós de tensão na coluna cervical. Fiz muita massagem e acho que o floral também me ajudou", acredita Ana Cláudia.
Para o treinador, a "reestruturação emocional" do time é primordial para enfrentar situações de tensão, comuns em decisões.
A equipe, que nos últimos dias iniciou um trabalho de adaptação ao "fuso horário" do jogo, tem treinado das 13h30 às 16h30.
"É um horário ruim, que mexe com o metabolismo. Mas, se é preciso, então façamos", diz Cacá.

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