São Paulo, sábado, 26 de outubro de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Cirurgia pode ter técnica desenvolvida por brasileiro
AURELIANO BIANCARELLI
A cirurgia só poderá ser feita dentro de quatro ou cinco semanas, tempo de que o presidente necessita para se recuperar de problemas hepáticos causados por uma possível hepatite B. A informação foi dada ontem por Batista, no Rio, depois de um mês de viagens por dezenas de países participando de cursos e operando familiares de príncipes da Arábia Saudita. "Ieltsin tem três ou quatro coronárias entupidas e precisa de pontes de safena", afirmou. "Seu coração ainda não está tão grande, mas a resseção do músculo cardíaco poderá substituir as pontes com vantagem." Batista ficou conhecido no mundo todo ao introduzir a técnica que consiste em cortar parte do coração, reduzindo seu tamanho e aumentando sua capacidade de bombeamento. O procedimento, batizado de "Batista Operation", já salvou centenas de pessoas que antes só sobreviveriam com um transplante de coração. Reunião O médico esteve há duas semanas em Houston, no Texas, reunido com os cardiologistas da equipe que trata de Ieltsin. Eles queriam saber se a técnica do brasileiro era adequada para o caso de Ieltsin. Segundo Batista, o procedimento é mais indicado para pacientes com coração de diâmetro superior a 7 cm. O coração de Ieltsin está com 6,5 cm. "O procedimento é possível, mas caberá ao médicos do presidente a decisão final." O presidente estaria sofrendo as consequências de uma hepatite B contraída meses atrás durante uma transfusão de sangue. Batista disse que foi convidado para visitar o presidente, mas que tal viagem não está em sua agenda. "Tenho muita coisa a fazer no Brasil", afirmou. Texto Anterior: Ieltsin tenta conciliação com militares Próximo Texto: Polícia mata negro e causa choque racial Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |