São Paulo, terça-feira, 29 de outubro de 1996
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A questão do caráter

NELSON DE SÁ
DA REPORTAGEM LOCAL

Na voz jovem e empolgada da repórter da CNT:
- A mulherada diz sim a Luiza Erundina...
Na imagem, de pequeno ato de mulheres, Erundina não estava empolgada. Chega ao primeiro dia de propaganda sem disfarçar o desânimo.
Está longe demais de Pitta. O que pode fazer é partir para "a questão do caráter", como apelidaram nos EUA. Atacar defeitos de caráter.
É a promessa da campanha. Mas talvez este primeiro dia aponte outra direção. A razão está no exemplo americano.
Dole, também longe demais, partiu para o caráter e caiu. Não adianta que o eleitor não liga mais, apontam pesquisas qualitativas, na CNN.
Pior, Dole foi cristianizado. Em novo comercial, aprovado pelo líder Newt Gingrich, os republicanos priorizam a luta para manter o Congresso.
Perder menos. É o conselho de Duda Mendonça.
*
A máquina já se mexe, pela reforma administrativa.
Para começar, no fim do Fantástico, o diálogo:
- Muita gente os odeia mas a maioria não pode nem odiá-los, pois tem um parente entre eles. (riso) É o dia dele, o funcionário público. Festeje antes que acabe. (riso)
- E aproveite para pedir ao santo do dia, o poderoso São Judas Tadeu, vida longa para o seu emprego. (riso)
O dia "dele" foi igual, até com chanchada -e Oscarito exaltado, de chacota.
- Conseguiu atravessar uma semana sem faltar um dia! (palmas)
- Agora sim este país vai para a frente! (palmas)

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