São Paulo, terça-feira, 29 de outubro de 1996
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Os diferentes indicadores

Contas públicas
. Déficit público
Receitas menos despesas de União, Estados, municípios e estatais. Significa aumento da dívida pública, menos empréstimos dos bancos ao setor produtivo, pior imagem do país no exterior e pode gerar inflação. Governo previa déficit zero em todo o mandato FHC, mas, em 95, o rombo ficou em 5% do PIB. Para este ano, meta de 2,5% do PIB já foi revista para 3,5% e pode chegar a 4%. Déficit de 2,5% do PIB em 97 será motivo de comemoração

. Déficit federal
Receitas e despesas do Tesouro Nacional, do Banco Central e da Previdência Social. Importante para avaliar o controle da equipe econômica sobre suas próprias contas. Serve de base para o reajuste dos salários do funcionalismo, do salário mínimo e dos benefícios da Previdência

. Déficit do Tesouro
Arrecadação de impostos menos gastos com a máquina administrativa, com investimentos e com encargos da dívida. Ao contrário do déficit público e do déficit federal, estatísticas detalham todas as fontes de receita e os motivos dos gastos

Contas externas:
. Déficit comercial
Exportações menos importações. Passou a existir após o Plano Real, porque a sobrevalorização do real em relação ao dólar beneficiou as importações em detrimento das exportações. Aumenta com o crescimento econômico. Governo previa déficit zero neste ano, mas estimativas já ultrapassam US$ 3 bilhões

. Déficit corrente
Soma da balança comercial com a balança de serviços (que inclui juros da dívida externa e outros serviços menos importantes). É o indicador mais importante da solidez das contas externas -aponta a dependência do país em relação ao capital externo, que precisa entrar para fechar as contas. Governo quer que o déficit não passe de 3% do PIB, ou US$ 20 bilhões, em 97. Como os juros da dívida normalmente consomem algo próximo a US$ 15 bilhões ao ano, resta controlar a balança comercial

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