São Paulo, terça-feira, 29 de outubro de 1996
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Explosão em estação não provocaria mortes

DA SUCURSAL DO RIO

A explosão da bomba caseira desarmada no metrô da estação Central causaria um enorme pânico, mas, possivelmente, não mataria ninguém.
A conclusão consta de relatório preliminar sobre o explosivo entregue ontem à tarde ao chefe de Polícia Civil, delegado Hélio Luz, pelo chefe do Esquadrão Antibomba, detetive Carlos Monteiro.
A bomba foi achada na quinta-feira passada sobre uma lixeira da estação Central do Brasil, uma das mais movimentadas do centro do Rio. Ela deveria explodir às 18h40, hora em que milhares de pessoas passam pelo local.
"A intenção de quem colocou a bomba ali era criar pânico. Ele não estava querendo matar ninguém diretamente com a explosão", afirmou Monteiro à Folha.
"A explosão causaria muito barulho e fumaça. As pessoas entrariam em pânico, haveria tumultos, corre-corre", disse Monteiro.
Em duas semanas o esquadrão apresentará a Hélio Luz o relatório definitivo. O chefe de Polícia Civil previu que os culpados pela fabricação e colocação da bomba serão presos em, no máximo, um mês.
Luz afirmou que não trata o caso como crime político. "É um crime comum e estamos avançando na apuração", disse ele.
Uma ameaça de bomba não confirmada provocou, no final da tarde de ontem, a evacuação do Instituto Metodista Bennett, no Flamengo (zona sul), onde haveria palestra do secretário da Segurança Pública, Nilton Cerqueira.

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