São Paulo, terça-feira, 29 de outubro de 1996 |
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Bônus do Brasil decepcionam mercado
MILTON GAMEZ
O país fechou a captação de US$ 750 milhões com a emissão de títulos de renda fixa. Mas, ao contrário do que o governo esperava, a reação dos investidores em papéis da dívida externa brasileira (os bônus "Brady") foi negativa. Os bônus globais chegaram a cair 0,76% até o final do dia no mercado de Nova York após Gustavo Franco, diretor da área externa do Banco Central, ter lançado os bônus em Londres. A queda ocorreu devido à exigência de juros mais altos por parte dos investidores. Nervosismo Os preços dos papéis da dívida velha, os "bradies", também caíram, invertendo uma alta significativa ocorrida pouco antes de o governo fechar a captação externa. Analistas e operadores de corretoras internacionais ouvidos pela Folha disseram que o mercado reagiu com nervosismo. Além das perspectivas da balança comercial, preocupam as contas públicas. A percepção dos investidores é que o momento também não é favorável aos mercados emergentes da América Latina, como México, Argentina e Brasil. A questão da reeleição, que pode ressuscitar práticas fisiológicas por parte do Planalto, também aumenta as incertezas sobre o andamento das reformas econômicas do país, segundo um corretor. Por conta desses fatos, o principal papel brasileiro, o "C bond", caiu no final da tarde para US$ 0,6763 por dólar de face, após ter sido negociado a US$ 0,6863. LEIA MAIS sobre dívida brasileira às pág. 1-13 (coluna Celso Pinto) e 2-3 Próximo Texto: Quem paga a conta; Bolso da indústria; Ganho administrativo; Outro "rating"; Bons ventos; Passando o trator; Peso do algodão; Refrescando o ambiente; Conselho esperado; Novo shopping; No térreo; Gasto no atacado; Preparando o Natal; Ainda cautela; Açúcar e álcool; Vindos dos pampas Índice |
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