São Paulo, terça-feira, 29 de outubro de 1996
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Errar é eletrônico

JUCA KFOURI

O tira-teima da Globo mostrou que Rincón não estava impedido no lance em que recebeu a bola do ex-fominha Luizão. A Câmera Band, no entanto, mostrou o contrário.
Em qual acreditar?
A eterna polêmica causada pelos erros humanos chega agora, via computador, à arbitragem eletrônica, que muitos defendem como a solução moderna para dirimir dúvidas.
Do jeito que vai, a eletrônica servirá mesmo é para absolver os pobres apitadores, simples mortais de carne e osso.
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O Serra Dourada acabou tendo o melhor público da última rodada do Campeonato Brasileiro, com 38.346 torcedores, quase 2.000 a mais que no Maracanã, 5.000 a mais que no Mineirão e 14 mil a mais que no Olímpico, com TV direta para Porto Alegre.
Enquanto isso, em Bragança Paulista, os jogos do Bragantino continuam longe de atingir a casa dos mil torcedores. Foram 542 os corajosos que se aventuraram a ir ao estádio para ver o Juventude cair e o time da casa sair da dupla dos rebaixados.
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Se o Juventude começa a despencar, o futebol gaúcho é compensado com a ascensão do Internacional, que, depois de estragar a festa rubro-negra para Romário, volta a estar entre os oito primeiros.
Só que o Inter terá outra pedreira rubro-negra pela frente amanhã, o Vitória, em Salvador, num chamado jogo de seis pontos, pois os baianos estão apenas a um dos gaúchos.
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Apenas Grêmio e Santos não têm os 17 jogos dos outros 22 times que disputam o Brasileirão. Ambos têm 16, o que torna ainda mais cômoda a situação gremista e menos incômoda a santista.
Pena que, amanhã, acaba a impressão de aparente organização de nosso mais importante campeonato. Vitória e Inter passarão a ter 18 jogos cada.
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Jean, do Bahia que hoje estaria rebaixado, continua a ser o melhor goleiro do campeonato.
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E o Guarani, hein? Beto Zini rirá por último?
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Cruzeiro 1, Palmeiras 1; Palmeiras 2, Corinthians 2; Grêmio 1, Palmeiras 1.
Certamente foram os três melhores jogos do Brasileirão até aqui.
E têm algo em comum, além dos empates: o Palmeiras, que virou o mocinho que todos querem derrubar.

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