São Paulo, quarta-feira, 30 de outubro de 1996
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Disco faz arqueologia do rock comportado da banda The Who

PEDRO ALEXANDRE SANCHES
DA REDAÇÃO

"My Generation", coletânea do grupo inglês The Who que abrange o período 1965-1981, é peça valiosa para pesquisar o quanto o mod está na moda -ou fora dela.
O gênero de rock arrumadinho, de terno e gravata, que a banda de Pete Townshend, Roger Daltrey, Keith Moon e John Entwistle inventou no começo dos 60, é o que há de bom na coletânea.
Esqueça bobagens dos anos 70 e 80, que infestam o CD da 12ª à 20ª faixa. O disco vale pelas 11 primeiras, indispensáveis.
Preciosidades como "I Can't Explain", "My Generation", "Substitute" ou "Happy Jack" são lineares, mas refletem com toda a força o espírito de seu tempo, o do bom-mocismo travestido de rebeldia que hoje bandas como Oasis e Blur reproduzem com régua e compasso.
Eles eram isso: um pedacinho da história da Inglaterra. A partir de 67, se aproximaram de certa psicodelia, que no seu caso já era meio enfadonha. Depois, descambaram. Mas os primeiros anos lhes garantem lugar na história. Para isso existe esta coletânea.
(PAS)

Disco: My Generation - The Very Best of The Who
Lançamento: PolyGram
Preço: R$ 20, em média

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