São Paulo, quarta-feira, 30 de outubro de 1996
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Modernidade chega ao arquivo do PC

LUCIA REGGIANI
DA REPORTAGEM LOCAL

Um arquivo de fotos aqui, um trecho de vídeo ou música ali e, de repente, o disco rígido está lotado.
É o efeito colateral da multimídia. Enquanto 30 páginas de texto puro se acomodam em 30 Kbytes, uma foto colorida em meia tela ocupa cinco vezes mais espaço.
A capacidade dos discos rígidos, é bem verdade, vem acompanhando a voracidade de programas e arquivos mais "espaçosos".
Há dois anos, o padrão de disco rígido era 210 Mbytes. Saltou para 540 Mbytes em outubro de 95 e, hoje, está em 1,2 Gbyte, espaço bastante para uma biblioteca de 2.500 livros de 500 páginas cada. Mas isso nem sempre é suficiente.
Para armazenar arquivos grandes ou fazer cópias de segurança (backups) há opções como discos magneto-ópticos, gravadores de CDs, discos removíveis e leitores de disquetes de alta capacidade.
Alguns já começam a acompanhar os micros de grife. É o caso do LS-120, um leitor de disquetes de 120 Mbytes, incluído em PCs da Compaq nos Estados Unidos.
Mas a grande procura hoje se concentra nos discos removíveis, como o Zip Drive, de 100 Mbytes, e nos gravadores de CD-R, que podem ser transportados e conectados em máquinas diferentes.
Apesar de cômodos, esses "armários" extras empacam na relação custo/benefício.
Um disco rígido de 1,2 Gbyte custa em torno de R$ 300, menos que o Zip (R$ 399) e que um gravador de CD (cerca de R$ 2.000). Além disso, oferece acesso mais rápido aos dados.
Em contrapartida, não dura para sempre nem elimina a necessidade de cópias de segurança de arquivos e programas.
Dependendo do uso, uma tecnologia é mais adequada que a outra. E várias estão surgindo por aí.
Prometido para o final do ano por várias empresas, o DVD, videodisco digital, é capaz de armazenar oito vezes mais dados que o CD comum e reproduzir vídeo com qualidade de cinema. Deverá custar menos de US$ 500.

LEIA MAIS sobre armazenamento de dados nas págs. 5-10 e 5-11.

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