São Paulo, quinta-feira, 31 de outubro de 1996
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Onde estavam os candidatos em 89?

MAURICIO STYCER
DA REPORTAGEM LOCAL

O economista Celso Pitta, então com 43 anos, se recorda que estava "cuidando das contas" da Eucatex, a empresa da família Maluf, quando o Muro de Berlim foi derrubado, em 1989.
"Foi uma pá de cal naquela concepção política de esquerda e direita, Ocidente e Oriente, Guerra Fria. Acabou tudo isso."
O candidato acha que, em consequência da queda do Muro, "outras semânticas começaram a ser introduzidas no vocabulário político", como centro-esquerda e centro-direita.
"As diferenças já não se dão mais em termos de 180°, mas talvez em termos de 5° para a direita, 5° para a esquerda", diz.
"Não há um governo hoje que não dê importância à questão social, seja ele de direita, esquerda ou centro-direita", diz Pitta, que não admite ser chamado de centro-direita. "Essa classificação é mais própria para um time de futebol."
Na opinião do candidato, com o fim do Muro de Berlim, acabou também "o tal romance que era o comunismo". Pitta acha que os regimes de esquerda do Leste Europeu não admitiam mostrar os seus problemas, somente as suas qualidades.

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