São Paulo, quinta-feira, 31 de outubro de 1996![]() |
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Para Bicudo, morte não é caso isolado Deputado denuncia extermínio PAULO MOTA
Para Bicudo, o crime está relacionado com a situação de violência existente no Estado. Bicudo, que foi à cidade para acompanhar as investigações, afirmou que o subsecretário da Segurança Pública, Maurílio Pinto de Medeiros, é um ponto de apoio para a ação de grupos de extermínio. Medeiros disse que não vê sentido nas acusações. "Espero que as investigações sejam concluídas rápido e que os responsáveis pela morte de Gilson sejam logo conhecidos", afirmou o subsecretário. Leia trechos da entrevista de Bicudo à Agência Folha. * Agência Folha - O sr. já tirou alguma conclusão sobre o trabalho desenvolvido pela Comissão Externa da Câmara aqui em Natal? Hélio Bicudo - Ficou claro que o assassinato de Gilson não foi um caso isolado, mas que se prende a uma atitude existente aqui, que consiste em usar a violência para calar a boca das pessoas. Agência Folha - O sr. tem algum suspeito do assassinato? Bicudo - Há um inquérito e temos de respeitá-lo. Mas acho que essa questão da violência no Rio Grande do Norte é alimentada, em grande parte, pela permanência do subsecretário da Segurança. Há consenso entre o Ministério Público, delegados de polícia e entidades de direitos humanos de que ele é um ponto de apoio para grupos de extermínio. Agência Folha - O sr. acredita que as investigações estejam sendo conduzidas de forma confiável? Bicudo - Não tenho motivo nenhum para julgar o contrário. Não vejo essa questão como fundamental. É claro que os culpados têm de ser encontrados, mas é preciso que o governo daqui se conscientize de que não pode manter essa estrutura policial aberta à proteção de grupos de extermínio. Texto Anterior: Pintor com lâmina no cérebro vai fazer cirurgia Próximo Texto: Tentativa de assalto no RJ fere 3 pessoas Índice |
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