São Paulo, quinta-feira, 31 de outubro de 1996![]() |
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Adolescente diz ter feito o próprio parto
ANDRÉ MUGGIATI
Seu filho, Gabriel, nasceu na manhã do dia 2 de outubro e morreu três dias depois. Ela estava no sexto mês de gravidez, e o bebê nasceu com apenas 1 kg. Ela diz que chegou à maternidade na noite de 30 de setembro. "Estava sentindo muita dor. Fui atendida por duas enfermeiras que me deram uma injeção e me mandaram para casa", diz. Segundo Fabiana, sua sogra mandou chamar um médico, que receitou um medicamento para interromper o trabalho prematuro de parto. Fabiana diz que passou bem o dia seguinte mas, na manhã do dia 2, o médico que a examinou mandou que a levassem para a sala de parto. "Enquanto eu esperava ali, senti uma vontade incontrolável de ir ao banheiro. Ainda deu tempo de segurar, com a mão direita, o meu filho, que vinha descendo. Eu gritei, e eles vieram, cortaram o cordão e o levaram para a incubadora." No atestado de óbito aparece como causa da morte uma síndrome de membrana hialina, comum em bebês muito prematuros. Para Fabiana, entretanto, seu bebê morreu de infecção hospitalar. "Era tudo muito sujo ali. Não limpavam direito, mal varriam. As batas usadas para entrar no berçário eram sujas e fediam." A direção do hospital não confirmou, na noite de ontem, a história relatada por Fabiana Vitalian. (AM) Texto Anterior: Pais em pânico 'sequestram' os próprios filhos de maternidade Próximo Texto: Cai o número de inscritos no vestibular da Unesp Índice |
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